Eleanor H. Porter, em Pollyanna. 1913.
Quem não, leu, #ficaadica: Pollyanna é o livro mais transformador que já li!
E olha que faz mais de 15 anos que mergulhei nas palavras de Eleanor.
Pollyanna ensinou também a mim o "Jogo do Contente". A minha mãe e sua admiração pela personagem me lembra do jogo até hoje. Sempre que preciso.
Num mundo cruel e cheio de gente com valores deturpados, parece bobo viver tentando achar algo bom em tudo que acontece.
E eu até acho bobo, mas fui condicionada a ser assim, o que se há de fazer, né?
E eu até acho bobo, mas fui condicionada a ser assim, o que se há de fazer, né?
Em momentos de turbulência, o "Jogo do Contente" precisa ser jogado com mais afinco, e isso me levou a uma viagem filosófica:
Por que será que o tal 'jogo' me levou a uma transformação tão importante? E o que isso traz de consequências reais vida afora?
Lembro que aos 12 anos, mais ou menos, eu estava lavando pratos aos prantos depois de brigar pela enésima vez, sem sucesso, pra escapar da tarefa que eu mais detesto fazer em casa.
Meu pai chegou de fininho pra checar se eu estava fazendo tudo certinho e me viu com os óculos embaçados e o rosto vermelho de raiva. Eu simplesmente não me conformava em encarar esponja e detergente. E ele disse com um quase sorriso: "Porque você não faz de bom humor o que você vai ter que fazer de qualquer jeito?".
Não acabou com a minha insatisfação naquela hora, mas ficou na minha cabeça e fez diferença em diversas outras situações.
Meus verdadeiros amigos já devem ter ouvido essa frase em algum momento.
E assim cresceu uma menina que aprendeu a ver - e procurar e muito, se preciso - o lado bom das coisas, assim como a aceitar as coisas que não gostava de fazer, mas que tinham que ser feitas, quase sempre de bom-humor.
Bom, né?!
Então... nem sempre.
Essa característica a que nem sei dar nome, fez de mim, muitas vezes, uma pessoa que aceitaquase tudo muito fácil.
Em gente que atende mal eu vejo uma pessoa cansada e mal remunerada, em grandes filas eu vejo uma oportunidade pra pensar na vida, ouvir música, enfim. Acho que perdi a capacidade de reclamar das coisas que realmente me incomodam na vida. Aquelas pequenas que, juntas, podem nos fazer perder o brilho, sabe?
O que me leva a uma personalidade surpreendente, por assim dizer.
As pessoas olham pra mim e vêem uma pessoa contente, que sempre conta suas dificuldades com pontos positivos de tudo que acontece e, de repente... *puf*!
Um colapso, uma mudança brusca.
Deve parecer ou que eu sou louca, ou que não sei o que quero da vida.
Não é isso!I guess =P
É que eu vejo tudo de 'ruim' tão calmamente, passo por tantas coisas que deveriam me fazer berrar com tanta tranquilidade, que acabei de perceber que, na verdade, eu mascaro o que me incomoda mais profundamente com tanta eficiência, que nem percebo.
Como resultado, quando aceito que algo não está bem - geralmente porque adoeço ou algo do tipo - começo uma busca interna por tudo que precisa mudar.
Acabo achando muito mais coisas do que queria, claro.
E sou adepta do "cortar o mal pela raiz"!
Explodo em coragem e abandono tudo que me faz mal, mudo a direção da vida, a cor do cabelo. O que for preciso pra ser feliz de verdade, mais uma vez.
Insano? Talvez.
Prefiro encarar como atitude de mocinha de filme com roteiro bem piegas. hahaha
Essa sou eu.
Quase sempre Pollyanna, às vezes Pollyanna às avessas.
"Quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem um dia irá dizer que não existe razão?"
Lembro que aos 12 anos, mais ou menos, eu estava lavando pratos aos prantos depois de brigar pela enésima vez, sem sucesso, pra escapar da tarefa que eu mais detesto fazer em casa.
Meu pai chegou de fininho pra checar se eu estava fazendo tudo certinho e me viu com os óculos embaçados e o rosto vermelho de raiva. Eu simplesmente não me conformava em encarar esponja e detergente. E ele disse com um quase sorriso: "Porque você não faz de bom humor o que você vai ter que fazer de qualquer jeito?".
Não acabou com a minha insatisfação naquela hora, mas ficou na minha cabeça e fez diferença em diversas outras situações.
Meus verdadeiros amigos já devem ter ouvido essa frase em algum momento.
E assim cresceu uma menina que aprendeu a ver - e procurar e muito, se preciso - o lado bom das coisas, assim como a aceitar as coisas que não gostava de fazer, mas que tinham que ser feitas, quase sempre de bom-humor.
Bom, né?!
Então... nem sempre.
Essa característica a que nem sei dar nome, fez de mim, muitas vezes, uma pessoa que aceita
Em gente que atende mal eu vejo uma pessoa cansada e mal remunerada, em grandes filas eu vejo uma oportunidade pra pensar na vida, ouvir música, enfim. Acho que perdi a capacidade de reclamar das coisas que realmente me incomodam na vida. Aquelas pequenas que, juntas, podem nos fazer perder o brilho, sabe?
O que me leva a uma personalidade surpreendente, por assim dizer.
As pessoas olham pra mim e vêem uma pessoa contente, que sempre conta suas dificuldades com pontos positivos de tudo que acontece e, de repente... *puf*!
Um colapso, uma mudança brusca.
Deve parecer ou que eu sou louca, ou que não sei o que quero da vida.
Não é isso!
É que eu vejo tudo de 'ruim' tão calmamente, passo por tantas coisas que deveriam me fazer berrar com tanta tranquilidade, que acabei de perceber que, na verdade, eu mascaro o que me incomoda mais profundamente com tanta eficiência, que nem percebo.
Como resultado, quando aceito que algo não está bem - geralmente porque adoeço ou algo do tipo - começo uma busca interna por tudo que precisa mudar.
Acabo achando muito mais coisas do que queria, claro.
E sou adepta do "cortar o mal pela raiz"!
Explodo em coragem e abandono tudo que me faz mal, mudo a direção da vida, a cor do cabelo. O que for preciso pra ser feliz de verdade, mais uma vez.
Insano? Talvez.
Prefiro encarar como atitude de mocinha de filme com roteiro bem piegas. hahaha
Essa sou eu.
Quase sempre Pollyanna, às vezes Pollyanna às avessas.
"Quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem um dia irá dizer que não existe razão?"