Do viver


Tenho um assumido fascínio por temas bem clichês como a felicidade, a amizade, o amor...
E chega a ser engraçado o paradoxo da pessoa ‘das ideias’ que vos fala escolher assuntos sobre os quais não se pode escrever sem... Viver.

Mas há pouco algum tempo descobri "na marra", que era imperativo: 
Sem viver, não tem escrever. Sem escrever, é tipo... não viver.

Então lá fui eu em busca de inspiração...

E logo de cara descobri que o primeiro passo para Viver é aceitar minha humanidade e perceber que existir já significa estar inseguro, vulnerável.

E em seguida assisti o maravilhoso TEDtalk da Brené Brown: O Poder da vulnerabilidade.

Daí achei que super me permitia, que eu já estava disposta a viver a vulnerabilidade e que tudo estava lindo!

Eu, ser capricorniano, com "leves" tons de controle, ia viver isso na boa, com a paz de Jah em meu coração?... Não, né? Haha

Mas como a intenção era boa, a vida deu uma forcinha e dei a sorte de topar com uma pessoa que, além de rir da minha cara, me mostrou por A+B – leia-se, vivendo – que eu nem de longe sabia o que era me permitir, deixar a vida simplesmente acontecer.

É um despertar perceber o quanto nos enganamos achando que somos aquilo que queremos parecer.

Eu percebi que não aceitava a vulnerabilidade há muitos anos, vi o quanto deixei de viver e decidi correr atrás - o que acarretou mudanças drásticas e imediatas, mas suaves e naturais como nunca imaginei.

No início, a sensação é de ser meio palhaço por cair numa mentira contada por você mesmo.

Depois vem a dúvida “Caraca, se eu não sou isso, o que eu sou então?”!

E a parte mais difícil, porém, mais importante: olhar pra si com sinceridade e sentir todas as emoções que foram reprimidas por orgulho, vaidade, culpa ou vergonha.

Em seguida, há um alívio imenso. Como tirar sapatos apertados depois de uma longa caminhada.

Por último, uma deliciosa sensação de reencontro e liberdade.



Olhar no espelho e não sentir a necessidade de ser nada é quase tão bom quanto sentir o direito de ser qualquer coisa.

E então, tudo fica lindo e confortável... certo?



C l a r o  que não! haha


"Vulnerabilidade soa como verdade e se sente como coragem.
Verdade e coragem não são sempre confortáveis, mas nunca são fraquezas." 
Brené Brown 

Mas assim que descobri a real sensação de estar disposta a viver, entendi que não há outro caminho.

É lindo! =)

Então resolvi seguir sendo quem sou e, vez ou outra, redescobrindo quem penso ser.

E sabe o que tenho achado pelo caminho?...

De tudo! haha

Absolutamente T U D O acontece quando a gente vive!

Viver não é habitar, vale ressaltar.

Vivendo, já recebi elogios lindos, já ganhei amor, carinho, cuidado... 
Já até acertei bastante!

Vivendo, eu erro que é uma beleza...
Mas ganhei a linda capacidade de me perdoar e até rir da tal asneira, por maior que ela seja.
(nota: Viver não é ser irresponsável! Muito pelo contrário! ;) )

Vivendo eu não entendi nada, mas vivi mesmo assim.
Vivendo eu já entendi bastante e isso perdeu a importância.

Vivendo eu já caí, já machuquei...
Mas eu nunca tinha levantado tanto!
(De verdade! haha Eu nunca ando de salto, resolvi me aventurar e... voilá! 1 mês de braço engessado!).

Vivendo a inspiração me é dada com um laço de fita.
E viver inspirando é presente dos deuses.

E aqui estou eu escrev... vivendo!
Com um sorriso besta no rosto, algumas músicas na cabeça e boas doses de felicidade no coração.

Te convidando a olhar com muito carinho pra quem você realmente é.
E torcendo pra que isso faça uma linda diferença em todos os seus dias.





À mini-musa.
À inspiração de toda uma vida.
Ao muso.
À vida.

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