Replay

Há quem diga que nascer é um tipo de morte. Daquelas mortes necessárias para a transformação, para recomeçar.

Há quem diga que todo ponto de crise na vida é um renascimento, uma chance, uma vida nova.

Eu ando cansada de viver e morrer. De ciclos tão intensos quanto vidas inteiras.

Cansada de conflitos, de silêncios, de tudo um pouco. Cansada até do que é bom, da calmaria presságio da tempestade.

Cansada da dinâmica dessa vida louca que dá e tira. Que oferece e cobra em troca um preço muitas vezes caro demais.

Ando cansada de dormir e acordar, cansada de ser e de deixar de ser. Cansada de tentar e de conseguir. De resistir e de desistir.

Ando cansada de gente, de bicho, de sol e de chuva. Cansada de tela em branco, de lápis e de papel.

Cansada de ouvir, de falar, de respirar.

Play. Pause. (re) Play

Nenhum comentário:

Postar um comentário